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Críticas e dicas.

O Desafio da representatividade negra no Audiovisual Brasileiro

A dica é aproveitar streaming que valorizam a presença de pessoas pretas na construção audiovisual. Mesmo que Netflix e Disney possuam uma linha direcionada a histórias pretas em suas plataformas, é essencial valorizarmos ações como UbuPlay e cultne.tv. A presença de pessoas pretas no audiovisual brasileiro ainda enfrenta barreiras profundas, impostas tanto pela estrutura histórica de exclusão quanto pela falta de oportunidades em cargos decisivos, como produção, direção e roteirização. Mesmo com o crescimento de plataformas de streaming e a popularização da internet, o cinema e a televisão ainda refletem um longo caminho em busca da representatividade preta. Vamos apresentar um pouco sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas pretas na indústria e destacar o papel de serviços de streaming como Ubuplay e cultne.tv voltados ao audiovisual negro e à promoção de narrativas que refletem a diversidade brasileira.


Janelas Daqui de Luciano Vidigal está disponível na Ubuplay.

Alguns dados para refletir

Dados coletados em pesquisas revelam uma realidade em que pessoas pretas ainda representam uma minoria nos cargos criativos e de liderança do setor audiovisual. Em um levantamento realizado pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) apontou que mais de 70% dos personagens principais em produções brasileiras eram interpretados por atores brancos. Em comparação, menos de 30% eram negros, enquanto na vida real essa população corresponde a mais de 55% do total nacional.

No campo técnico, a desigualdade se intensifica. Segundo pesquisa desenvolvida pela Agência Nacional do Cinema(Ancine), apenas 10% dos diretores e 7% dos roteiristas de filmes nacionais eram negros. Este número é ainda mais reduzido quando se considera a produção de grandes filmes e séries de destaque na mídia nacional. Quando há diversidade, geralmente se limita a funções secundárias ou atuações estereotipadas, impedindo a valorização da complexidade e profundidade das vivências negras.


Barreiras e Obstáculos


Essa sub-representação é um reflexo de obstáculos sistêmicos. Historicamente, o audiovisual brasileiro não foi pensado para incluir as narrativas e vivências das populações negras. O modelo tradicional de produção está centrado em redes de relacionamento que, muitas vezes, excluem talentos negros de espaços de poder e decisão. Para quem deseja iniciar uma carreira ou promover uma obra independente, há barreiras de acesso a financiamento, espaços de exibição e divulgação.

As produções de caráter independente, muitas vezes, são a única alternativa para profissionais negros exporem suas narrativas. No entanto, sem apoio, estas obras raramente alcançam o público desejado. Festivais e premiações tradicionais ainda contam com baixa participação de produções negras, limitando o acesso a reconhecimento e investimentos necessários para a expansão e visibilidade dessas histórias.


A Importância de serviços de streaming voltados ao Audiovisual Negro


Em meio a esse cenário, plataformas de streaming como o Ubuplay e cultne.tv estão criando um espaço essencial para o audiovisual desenvolvido por pessoas pretas. Esses serviços oferecem uma janela dedicada a histórias que escapam dos padrões estereotipados, abordando a diversidade do povo negro com maior profundidade, autenticidade e respeito


Percepções


Apesar dos avanços, a realidade é que a população negra no Brasil ainda encontra grandes desafios para conquistar e manter espaços no audiovisual. Iniciativas como o Ubuplay, cultne.tv são essenciais para romper as barreiras impostas pela indústria, democratizando o acesso ao audiovisual de pessoas pretas. Quando consumimos, incentivamos e damos visibilidade a essas produções, estamos contribuindo para uma sociedade mais plural, onde todos possam ver refletidas suas histórias e suas identidades.

Então faz a boa e valoriza projetos audiovisuais disponíveis na Ubuplay e cultne.tv.

Outros dados: 

GEMAA , Brasil de Fato , Revista Raça , Nicho54


Lioness: chegou a nova temporada. Detalhes e percepções sobre o episódio. 

Material de divulgação Paramount +.

 A segunda temporada de Lioness já chegou “chutando a porta”, vamos apresentar uma perspectiva sobre o primeiro episódio da segunda temporada da série sem spoilers. E o que temos é uma boa promessa de novos conflitos, aprofundando dilemas e elevando o jogo para um novo nível de intensidade. "Cuidado com o Velho Soldado," dá nome ao episódio desta nova fase, marca o retorno das protagonistas Joe (Zoe Saldaña) e Kaitlyn (Nicole Kidman) ao campo de batalha, mas também a uma arena pessoal de questões internas mal resolvidas.

E não surpreende que, já nos primeiros minutos da segunda temporada, o contexto de tensão do episódio se direcione para perdas extremamente dolorosas ocasionadas pelo contexto de papel de poder que uma mulher possui. Podemos talvez já esperar que essa venha ser a carga principal dessa temporada, Joe (Zoe Saldaña) tentando lidar com os riscos de sua profissão que podem não somente atingir a ela, mas principalmente as pessoas que ela mais ama. Possui um ar clichê? Sim, mas nesse primeiro episódio da segunda temporada funcionou muito bem, principalmente pela entrega de Zoe Saldaña. 

 

 Mais do que Ação Bruta.

 

Escrito com um olhar cuidadoso para que Zoe Saldaña demonstre seu talento, o roteiro e a direção do episódio acertam o tom e apresentam uma certa brutalidade em algumas cenas que já tínhamos assistido durante a primeira temporada. A trama gira em torno de um novo plano de infiltração/resgate, e possui uma “levada” mais para a ação, com alguns momentos direcionados para o drama, pois existe a relação que Joe precisa organizar entre sua profissão e família.

Nesse episódio, temos o retorno de Edwin (Morgan Freeman) e sua “cúpula”.  Kaitlyn (Nicole Kidman), Byron (Michael Kelly), Kyle (Thad Luckinbill), Hannah Lanier (Kate) e Dave Annable (Neal). Taylor Sheridan tem uma participação importante no episódio como Cody Spears, inclusive nos primeiros minutos da série ele cita para Joe o nome do episódio e explica a importância do “velho soldado”. 

 

Zoe Saldaña.

 


Zoe Saldaña traz um desempenho que parece mais refinado nesta temporada, talvez pela combinação da experiência prévia da personagem com o que ela precisa enfrentar de novo. Joe, interpretada com uma dureza visivelmente maculada pelas experiências, mostra uma linha tênue entre o profissionalismo e o desgaste emocional. O comprometimento de Saldaña com a personagem se reflete nas sutilezas: o olhar mais pesado, a tentativa em realizar algo especial para a família como um simples café da manhã e falhar nessa missão e a falta de paciência acompanhada por explosões pelo receio de se colocar em risco, sabendo que tem uma família.

 

 Tom e Ritmo do Episódio.

 

A direção opta por um ritmo mais acelerado, ação repleta de tiroteios e, em alguns momentos, frieza em determinadas execuções. Esse ritmo só é “quebrado” nos rápidos momentos em que Joe está ao lado de sua família. Pode indicar o caminho que a série irá seguir nessa segunda temporada? É difícil definir, pois mesmo nos poucos momentos em que Joe aparece com sua família, esse primeiro episódio da segunda temporada parece indicar que cada decisão que ela irá tomar futuramente será pensando em sua segurança para se manter viva e voltar para sua casa.

Por outro lado, pode parecer algo da minha cabeça, mas não sei até onde Neal irá se manter fiel a essa relação. Ele já transparece desesperançoso em relação a algo se modificar. Neal ainda se preocupa com Joe, mas parece entender que precisa seguir a vida, sem necessariamente esperar por ela. De forma sutil, podemos perceber esse contexto na cena sobre a decisão de montar a decoração da árvore-de-natal. 

 

 Som. 

 A trilha sonora e o design de som cumprem papéis essenciais em um episódio que tende explorar a ação. Apoiam na manutenção das tensões e no ritmo que, em alguns momentos, é frenético. Assim como, auxiliam Joe no tom dramático, principalmente em seus diálogos com suas filhas. 

 

O “Velho Soldado” Como Metáfora

Em um determinado momento do episódio, Cody (Taylor Sheridan) conversa com Joe e diz:

“Cuidado com o velho soldado, ele é velho por um motivo.“

E no final, ambos voltam a citar o “velho soldado”, aceito discordâncias, mas pela minha percepção, a metáfora do “velho soldado” indica o cansaço emocional, traumas profundos, conflitos internos e acúmulos de dores silenciosas. Mas, não seriam apenas de Cody e sim de Joe, pois ela já inicia a segunda temporada exausta, estressada e com raiva. 

 

Início Promissor.

Em resumo, Lioness retorna com um episódio que reitera sua intenção de explorar o que é ser uma operadora em um mundo onde cada decisão tem peso emocional e psicológico. Zoe Saldaña se destaca com um desempenho maduro, guiada por uma direção que prioriza o desenvolvimento da personagem tanto quanto a tensão da trama.

Para quem acompanha a série desde o início, "Cuidado com o Velho Soldado" é um lembrete de que o verdadeiro combate nem sempre é o que acontece com as armas na mão. É um episódio que estabelece um terreno rico para explorar o lado humano das personagens, preparando o público para o que parece ser uma temporada com dilemas mais pessoais e intimamente humanos.

Lioness voltou, e se o primeiro episódio serve de indicativo, estamos prestes a ver não apenas ação, mas um mergulho nas camadas mais profundas do que significa viver e lutar em uma constante zona de guerra — interna e externa.

Lioness está disponível na Paramount+.

Críticas e dicas. Críticas e dicas. Reviewed by Tramas Urbanas de Bishop on agosto 29, 2024 Rating: 5

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